Há
uma luz que jamais finda; destas que nos guiam nos momentos de escuridão — um
portal para atravessarmos as adversidades e emergirmos na luz. Sim, como um
lampião ou um farolete, uma chance entre as tentativas; uma oportunidade
durante a vida. E há este seu sorriso, que se deita como um remédio, e banha
meus dias com um humor que há muito já não o recordava. Há sua presença — esta
da qual não desejo me apartar, pois me faz um bem danado. Há nós, e somente
nós. E quando repousamos, sob as frias e escuras noites de inverno, e a chuva
corre sem jamais cessar, é sua luz que brilha acima das estrelas. E sei que
posso esperá-la sempre, pois lá sempre estará.
Costumava
acender um cigarro e, em solidão, deixar que o tempo fluísse e se perdesse nas
incontáveis horas que perduram. Observava o mundo, da janela do apartamento,
como um borrão inumano e sem significado. Respirava, mas não aspirava a vida.
Há uma luz que jamais finda e nunca esquece. Posso ter me perdido, esquecido,
entre as ruas secas e sórdidas de onde moro, mas Ela não me esqueceu. E
encontrei você, de supetão, soturno e quieto; quem diria. Hoje, fumo quieto,
beberico algo e penso em ti. Penso em tudo o que isso significa e onde quero
ir. Tenho receio, mas teu sorriso me derrete. Sigo em frente.
Sim, há uma luz que jamais finda, nunca esquece e, cada vez mais, brilha. Pode estar coberta, ou posso estar cego, mas existe. E são entre os cigarros, as bebidas, a respiração e esses sorrisos que ela alumia, cresce e brilha. Meus dias não hão de ser augustinos, nem otavianos; isso passou, pois tudo passa. Hão de ser carlíneos. E em frente.
Sim, há uma luz que jamais finda, nunca esquece e, cada vez mais, brilha. Pode estar coberta, ou posso estar cego, mas existe. E são entre os cigarros, as bebidas, a respiração e esses sorrisos que ela alumia, cresce e brilha. Meus dias não hão de ser augustinos, nem otavianos; isso passou, pois tudo passa. Hão de ser carlíneos. E em frente.
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